quinta-feira, 24 de março de 2011

Fiel Entrevista: Júlio César
11/03/11 - 18h35

Qual é a sensação de vestir a camisa 1 do Timão e jogar num Pacaembu lotado?
A sensação é de um sonho realizado. Um sonho de criança que hoje em dia eu estou vivendo. As pessoas gritarem o meu nome quando eu entro no Pacaembu é muito satisfatório.

O que pesa mais no seu início como titular no Timão: a grande pressão da torcida ou o fato de ter que substituir um goleiro de muita qualidade?
O mais difícil no Corinthians é a pressão da torcida, a pressão sobre os resultados e sobre os jogos bons. O elenco sempre teve bons goleiros, então a pressão sobre quem sai e quem entra não é tanta.

Qual foi seu maior incentivo para permanecer durante esses 10 anos no clube até conseguir essa oportunidade?
Acreditar no sonho e acreditar que eu podia. Isso que eu estou vivendo hoje foi algo que eu sempre quis muito.

Agora você é definitivamente o dono da camisa 1?
O momento é muito bom, mas você nunca pode dizer que é o dono definitivo, porque tem muita qualidade no elenco. Eu tenho que ser humilde o suficiente para precisar provar todo dia que mereço a titularidade, principalmente no Corinthians, que a disputa é muito grande.

Você pensa em chegar à Seleção Brasileira?
Espero estar lá em breve. É outro sonho que eu também quero realizar.

Qual foi a maior emoção que você sentiu em sua carreira?
Ter jogado na Libertadores pelo Corinthians contra o Flamengo num Maracanã com 70 mil pessoas é algo que eu nunca vou esquecer.

Como é sua rotina no Corinthians?
Muito trabalho, muito trabalho e muito trabalho. Gosto de chegar cedo, ir para a academia e começar o treino logo. Fico bastante com o treinador de goleiro e o clima no elenco é muito bom também. Gosto muito de estar com os meus amigos, mas o que eu mais faço no Corinthians é trabalhar.

Você sempre quis ser goleiro ou começou em outra posição?
Sempre quis ser goleiro. Minha mãe e meu pai já sabiam que eu era meio ruim na linha, então sempre me deram luvas.

Qual a defesa mais importante que você fez?
A defesa contra o Palmeiras no final do jogo do Paulistão deste ano. Foi um chute do Kleber no último minuto de jogo. A gente ganhou de 1 a 0 e estava precisando dessa vitória após a eliminação da Libertadores. Foi um jogo que deu moral para o elenco.

É mais difícil conseguir uma oportunidade ou se manter no time titular?
As duas são muito difíceis. Até chegar lá, você passa por muita coisa. Mas, depois que se torna titular, há uma cobrança muito grande para você se manter e por bons jogos e resultados. Mas acho que a trajetória até chegar é muito mais complicada.

Qual é o seu ídolo no futebol?
De goleiro, é o Ronaldo. Na atualidade, tem o Rogério Ceni e o Marcos. Mas, sem ser goleiro, é o Fenômeno.

Quais seus planos para o futuro? Pretende continuar quanto tempo no Corinthians?
Se possível, a carreira toda. A gente nunca sabe o dia de amanhã, mas meu pensamento é ficar no Corinthians durante muito tempo e, se eu puder vestir só essa camisa, ficarei muito honrado.